tag:blogger.com,1999:blog-20052366304982840172024-02-19T11:42:59.956-03:00La psyche.Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.comBlogger39125tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-81017500043535822582012-07-05T20:58:00.000-03:002012-07-05T20:58:05.739-03:00Saudade.<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Mais uma
vez estou nesse ônibus esperando, inutilmente, que me leve até
você. O trânsito caótico passa despercebido sob o pôr-do-sol.
Sinto sua falta. A cada rua, esquina, curva.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Meu
olhar desfoca, procura ao longe algum motivo para não achar a cidade
tão... pálida. Talvez porque eu esteja perdendo as cores em mim. As
buzinas estridentes tão comuns na hora do rush parecem abafadas,
como se acompanhassem minha viagem interior. E eu quase posso sentir
seu cheiro... Sinto sua falta no meu sorriso, que esses dias anda tão
sem graça.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Olhando
as luzes naturais se apagarem, com o coração meio apertado, meio
choroso, meio admirado com a quantidade do que se sente, tudo parece
mais escuro. Como quando a lâmpada vai perdendo força e cria
sombras. É meio engraçado, meio triste. Ando esperando o dia que
me sentirei melhor... “Feliz Aniversário, feliz aniversário”.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Imagino
o que estarás fazendo... é só o que posso fazer. Com sorte, sentes
a minha falta também. Igualzinho como quando as peças se encaixam
ou quando o destino faz o favor de te esbarrar no amor. Estava só
procurando minha metade de alma torta, janelas quebradas, mas ninguém
me disse que há força na vulnerabilidade, só me disseram para não
chorar.
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Sinto
sua falta no meu olhar que vai se tornando cada dia mais cinza. Sei
que soa demasiado bobo, exagerado, com certeza.
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Mas é
saudade...</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Rita Marcelino</div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-88870934366597311482012-05-09T01:51:00.004-03:002012-05-09T02:17:05.431-03:00É você.<br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">E mesmo
envolta em nuvens cinzas, carregadas de vontade de chorar, ainda
consigo sentir a brisa que me inebriou quando você chegou. Macia,
suave, quase doce...</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Era
verão, o sol trucidava meu bom humor, mas você apareceu e eu só
via a primavera. Com todas as flores desabrochando, um vento fresco,
e melodias leves, quase de ninar. </span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Você sério, intocável, pareceria
até errado, se não fosse exatamente certo assim.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu tinha
medo, chovia cá dentro, num grande e amargo inverno, mas a paixão,
tendo lá seus mistérios, faz o sol nascer. E nasce sorrindo, sem
queimar, vermelho arroxeado, com um tanto de azul, só porque prefiro
assim.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Não
tinha um porque, com certeza havia um quando. Com toda a urgência de
te ver. Quando, quando, quando. E seu olhar cruzava o meu; e meu
corpo ansioso pelo seu... por um simples esbarrão. Que nunca
acontecia.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Então
corria pra casa, para aquele lugar que nos conectava, do jeito que eu
sentia que tinha que ser. Me deixava levar, talvez para saber aonde
iria, o que escutaria de alguém que não queria nada. </span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">E eu também
achava que não queria, mas e se tivesse que ser assim, para, ainda
bem, os dois mudarem de ideia?</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">E o céu
parecia, irritantemente, cada vez mais azul. As nuvens, outrora
cinzas, desta vez mais brancas e com bobos formatos de amor.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Acontece
o toque, num impulso (des)controlado do meu corpo. Tensão, talvez.
Ou não.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Era vez
do tornado, chacoalhando-me. Violento, quente, quase sólido...</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Certas coisas, depois,
não têm saída. Quando meus cortes se encaixaram nos seus, quando
meu corpo se encaixou no seu, por um breve momento - infinito em
magnitude -, tive certeza.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Era você.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">- Rita Marcelino</span>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-62650892797782990922012-02-20T02:15:00.003-03:002012-02-20T02:44:31.554-03:00(A)caso<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Finalmente, meu amigo, depois de um tempo, a batalha acaba. Desde aquele dia em que mergulhei no fundo dos seus olhos e quase não consegui emergir, quando eu ouvi tudo e mesmo assim não consegui me afastar. A batalha acabou.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Resolvi pôr-me à prova, virar o outro lado da cara pra baterem, porque é exatamente assim que eu sou. E eu realmente havia esquecido disso... Construí tão dolorosamente esse exoesqueleto que até para desacostumar com sua forma é aterrorizante. Porque achava que, se eu me desfaço da carapuça, o que sobra é frágil e defeituoso. Não. Se eu jogo a capa é porque dentro está crescendo, está se consertando, fortificando, não o contrário. Se não preciso de esparadrapos é porque estou curada. Recuperei a saúde mental, tenho mais espaço psíquico, mudei. E não preciso lamentar por isso! Será que vocês não veem? Em algum ponto da vida - ou em vários - você vai se encontrar onde você realmente deveria estar. Do jeito que você deveria estar. E isso muda tanta coisa...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A gente sabe que vai se cortar de novo, sabe que vai sangrar, que vai chorar de vez em quando, mas esse deveria ser o propósito, não? Passar pela vida sem se abrir para o acaso é viver? É tão bom conseguir sentir o sangue pulsando, sentir-se vivo, de verdade. Sentir a música entupindo os poros, arranhando a pele, inebriando a mente. É pra isso que nós fomos feitos! Pra acreditar no acaso, no destino, no amor, no momento perfeito... <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E é claro que temos medo! Ora, droga, por que não haveríamos de ter? Nós não sabemos o que vai acontecer! Mas a gente sabe que pode acontecer o melhor. E, só de existir essa possibilidade, há de valer à pena... <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Então resolvi deixar de me boicotar. Porque se me privo de tudo, é o bom também que vai embora. Deixa que o difícil venha, porque já sei que aguento duras provas. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas, sobretudo que venha o bom, o bem, o destino... quem sabe até amor...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Rita Marcelino</span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-75834817327439500032012-02-19T17:34:00.002-03:002012-02-19T17:40:04.557-03:00Apaixonar-se<div class="MsoNormal">Eu aqui achando que ia ser fácil não me apaixonar por você. Achando que estava tudo bem em ser exatamente assim do jeito que sou, casca grossa, metida a durona, dona da situação.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal">Eu aqui achando que eu sou mais feliz assim, não deixando ninguém entrar. Que a inimiga do bom senso é a paixão, e que ela não se encaixa aqui. Achando que tudo se encaminharia do jeito mais simples.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">E foi. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Foi simples demais não conseguir te tirar da cabeça. Simples demais querer te beijar uma, duas, mil vezes. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal">Eu achando que estava tudo bem comigo. E estava. Mas quer saber? Agora está muito melhor. Porque minha cabeça acha fácil o caminho do teu peito. E o coração sente tanta falta do seu abraço.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal">E eu sei que a paixão realmente é inimiga do bom senso, mas dane-se, já cansei. Cansei de sentir a sua falta, mesmo antes de te conhecer.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">E eu aqui achando que ia ser fácil não me apaixonar por você<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal">Quando, na verdade, eu estava só te esperando...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Rita Marcelino</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">(This I promise you... every word I say is true. It's your choice, believe it or not...<br />
but right now, there's nothing more true to me.)</div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-15945721373988761552012-02-14T20:33:00.002-03:002012-02-14T20:37:04.516-03:00<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Eu estou consciente e tenho o poder de pensar como eu quero. Tenho o direito de pensar no que eu quero para o meu próprio bem. Eu tenho e posso impor ao meu mundo interior tudo aquilo que eu quiser. E quero me sintonizar com o melhor. Esqueço, a partir de agora, a pessoa que eu fui, sobretudo meus vícios de pensamentos. Penso apenas na paz. Penso nela, permitindo que seu perfume toque minha aura e atinja todas as áreas da minha vida, todos os cantos do meu corpo. Penso na paz com uma mensagem de ordem e equilíbrio perfeito. </span><br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Deixo fluir na minha cabeça a consciência do 'eu posso'. Eu posso estar na paz. Impor essa paz é praticar o meu poder pessoal com responsabilidade divina, obtida por herança natural. O melhor para mim é um grande sorriso no peito. É a felicidade barata e fácil a que tenho direito. É tão simples pensar que o melhor está em mim! A beleza está em mim. A suavidade está em mim. A ternura, o calor, a lucidez e o esplendor das mais belas formas do universo estão em mim. Aí eu me abro inteira, viro do avesso e sinto que não há fronteiras nem barreiras para mim. Sinto que o limite é apenas uma impressão. Sinto que cada condição foi apenas a insistência de uma posição. Sinto que sou livre para deixar trocar qualquer posição por outra melhor. Sou livre para descartar qualquer pensamento ruim, qualquer sentimento ou hábito negativo, qualquer paixão dolorosa. Porque eu sou espírito. Sou luz da vida em forma de pessoa. </span><br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Ah, universo, eu estou aberta para o melhor para mim. Eu sei que muitas vezes sou levada por uma série de pensamentos ruins. Mas é porque eu não conhecia a força da perfeição. Eu não conhecia a lei do melhor. Agora eu me entrego, me comprometo comigo, com o universo e contigo. Vou manter a minha mente aberta. Esse momento me desperta, me traz a inspiração ao longo do dia onde se efetiva a luz que irradia para quem insiste no próprio aperfeiçoamento. </span><br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Não quero pensar nas minhas fraquezas. Quero olhar bem fundo nos meus olhos e ver como eu sou bonita, como fiz e faço coisas maravilhosas e como o meu peito está cheio de vontade. Eu assumo a responsabilidade sobre essas vontades e me projeto com força nessa identidade de saber que eu posso, sim, fazer o melhor. Despertar o meu espírito é viver nele. É ter a satisfação de ser eu mesma. É poder ser original, única, pequena e grande ao mesmo tempo. Sei agora que o melhor está a meu favor. Meu sucesso, aliás, é o sucesso de Deus que se manifesta em mim como pessoa em transformação. Eu sinto como se tivesse sentado nessa cadeira da solidez universal porque eu estou no meu melhor. Porque sou o sucesso da eternidade, porque estou há milhares de anos seguindo e não fui destruída. Porque o universo garante. Grito dentro de mim mesma: de todas as coisas da vida, o melhor ainda sou eu. O melhor sou eu!</span> <br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;"><br />
</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;"><br />
</span><br />
<span style="background-color: white; color: red; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">- Não sei quem escreveu esse texto, quem souber me avisa para creditar como merece. Texto magnífico, escrito como se pudesse ler minha alma nesse exato momento! Parabéns ao(à) autor(a)!</span>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-81866279877763957732011-08-31T02:22:00.006-03:002011-08-31T13:55:45.278-03:00Solilóquio (II Parte).<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu não gosto de muitas pessoas. Não consigo nem faço questão. Eu não gosto de barulho, não gosto de lugares lotados, de muito contato físico ou de uísque. Eu não gosto que me chamem pelo diminutivo, pelo superlativo ou quaisquer outras baboseiras que julgam elogiosas. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Não gosto do simples, do preto e branco, do sim e não. Quero dúvidas, alternativas, escala de cores. Não faço questão de ser entendida ou de me fazer entender. Não faço questão de muitas coisas, e talvez devesse mesmo mudar. Eu gosto do escuro, da possibilidade do irreal, mas tenho medo. Eu amo o desconhecido, mas ainda mais o que já conheço, embora não o queira mais. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Acho todo mundo hipócrita, e não quero a paz mundial. Eu quero é mais que cada um lute pelo que acha certo, mesmo que o resto do mundo discorde. Não gosto de razoabilidade. Eu reclamo da futilidade feminina, mas não consigo resistir a um novo par de sapatos. A ideia de Comunismo me irrita, sou viciada em Mc Donalds, e prefiro Coca-Cola. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Tenho essa ridícula mania de achar que ninguém me faria mal deliberadamente, e tenho o costume de falar demais; nem sempre algo que valha à pena se ouvir. Sou melodramática e gosto de atenção. Arrependo-me de 90% das coisas que faço, mas nunca morri de vontade. Gosto de cerveja, adoro tequila, não há nada como uma cachaça de maracujá, mas nunca vodca. Meu combustível é café. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sou noturna, sou de câncer, sei bater, mas apanho muito mais. Sou exclamações, às vezes reticências, mas nunca pontos. Vírgulas, vírgulas, vírgulas. Sou história e arte, sou música. Sou pura biologia, mas nunca fui matemática; nunca fui raciocínio, sou coração. Sou frente, sou verso, mas caio sempre na pretensão de parecer ser menos do que sou. Sou lágrimas, sou sangue, sou um interminável eco de emoções. Eu sou extremos, sou corda bamba, nunca estabilidade.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu sou um pôr-do-sol laranja-avermelhado, sou cores de Almodóvar, mas inda assim, amanheço. Sou rio, sou água, sou correnteza, mas inda assim, paro. Sou um dia cinzento, chuvoso, sou frio, mas inda </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">assim, queimo</span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">- Rita Marcelino</span></span></div></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0Maceió - AL, Brasil-9.6662515 -35.735098300000004-9.8447304999999989 -35.8638198 -9.4877725 -35.606376800000007tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-28788762189952502152011-07-01T00:41:00.000-03:002011-07-01T00:41:03.563-03:00Sobre amar<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">João,<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Acho bastante válido conseguir se doar. Não necessariamente a outrem, mas às estações, ao vento, ao sensível prazer de sentir. Sentir-se. Parte do todo de todo amor. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Amar é fácil, João. Basta sorrir, inspirar algumas imperceptíveis partículas doces, expirar as amargas, ou não. Não venho cá trazer a fórmula, mas humildemente dizer que é simples, meu amigo. É simples demais. É entregar-se com tal zelo ao profundo e entorpecente “quiçá” da vida. “Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas, ah, meu amigo, antes fosse tão simples! O amor tem tantos labirintos, tantas idas e vindas, mas nunca se vai. Basta uma imagem, um flash aesthesis qualquer e já se enrola, e pula, e grita, e corre... Diabo de criança é esse amor! E se é hora de esquecer, não foge, não ajuda, não silencia. Criança malcriada é esse amor! Mas é bom, João, é bom...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E dói. Dói porque é simples demais se perder. Dói porque a cama está vazia e só há uma taça de vinho. Dói entre cada abismo silencioso no labirinto, transformando cada corredor em um infinito breu. Quando a solidão de uma risada ecoa pela casa estrondosamente; quando é preciso encher a cabeça para anular o coração; quando o café é só para um... Dói, João, esse amor dói.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas há dias coloridos, meu amigo, posso jurar que sim. Aqueles dias em que se amanhece cantante: “here comes the sun!”. O amor é bom. É sentir o perfume primaveril penetrar em cada poro; fantasiar o impossível; sentir arrepios na pele; sorrisos extasiados, bobos, incontroláveis. O amor é bom, sim. É poder se sentir capaz de tudo, quem sabe até de voar. Mas já se voa, João...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando se ama, a gente voa. Para algum lugar distante demais do normal, porém tão perto de nós mesmos. Não posso te explicar exatamente como chegar, João, mas te juro: é só amar. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Rita Marcelino<o:p></o:p></span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-66184552788346554712011-04-22T00:27:00.001-03:002011-04-22T00:29:59.723-03:00Viva! E deixe morrer.<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">Não são melodias de ninar, tampouco brisas leves. São tufões e rock’n roll. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">Mas eu acho que a vida tem mais é que ser bem rock’n roll mesmo! Tem que fazer suar, dançar, gemer. Parafraseando Vinícius: “Eu prefiro viver que ser feliz!”. Porque é fácil se acomodar, suspirar e tomar o chá das 5. Eu quero ver o caos! Eu quero mais movimento, mais cores, menos roupas, menos conformismo, menos PT, mais coca-cola, mais cerveja e vodka, eu quero mais é viver. E se isso implica em chorar e dar a cara à tapa, então eu quero botar meu bloco na rua! Porque eu desisti de ser covarde, desisti de aceitar imposições, desisti do desrespeito, do preconceito, desisti de ficar insatisfeita. E não to fomentando o Anarquismo, ou talvez esteja, discorde de mim. Porque eu acredito que temos que ter a vergonha na cara de não ter vergonha de nós mesmos, do que fazemos, ou sentimos. Cada um é livre pra fazer o que acha melhor pra si! “Faça o que tu queres, há de ser tudo da lei!” Mas sem prejudicar o outro, isso não. E se você quer esquentar o motor, pegar a highway to hell, vai fundo! Não tenha medo de ser exatamente como você é. Quebre a banca, quebre a cara, isso faz de você melhor que muito playboy por aí. Saiba seus limites, mas tenha consciência que precisa quebrá-los vez ou outra. Isso que é o bom de viver, viver MESMO. E se eu vou sangrar algumas vezes, que bom, eu me curo! O que não me mata, me torna mais forte, não é isso?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">Então eu vou ser forte.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">E você?</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Rita Marcelino</div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-59126953972618903162011-03-03T10:43:00.002-03:002011-03-03T10:43:48.755-03:00Querido João,<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ouvi rumores de seus confrontos interiores, resolvi pôr-me presente e lhe escrever algumas linhas. Existe o desejo de escrever à caneta ou lápis o curso do próprio destino. Não ter a chave mestra faz tudo ficar nebuloso, confuso, cinza. Posso dizer que abala nossa fortaleza interior não poder comandar a nós mesmos; fere o ego ser boneco de alguém ou algo, ainda não sei. Talvez falte esforço ou força para descobrir. A alma dança em compassos desajeitados à procura do prazer em ser o que se é; na viagem à felicidade, a entrega seria o ponto alto, mas como entregar-se ao desconhecido pode ser algo fácil? Não é, nunca foi. A dificuldade em conseguir o pote de ouro o transforma em algo muito mais real. É um árduo trabalho se encaixar no próprio eixo.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Embalada em cores de Almodóvar e sussurros marítimos, a praia te leva e mostra o quão improvável parece ser a ideia de comandar algo que não se compreende. Como um piloto que, por não entender o funcionamento do motor, não pode levar aos ares o avião. Não que tudo precise de completo entendimento, mas com muitas brechas e rachaduras há a inevitável dispersão de intenção. Alguns sentimentos se confundem quando se falta fé. Feito um travesti à margem da rua, travestido em trancosos temores, o amor mistura-se ao ódio. Música de redenção como entretenimento imaginário não traz o descanso para vencer o frio da noite. A sabedoria é peça invisível posta à prova. É duro demais tentar realmente pertencer a si mesmo. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há maneiras de se equilibrar na corda bamba, fingir certa cordialidade com o inimaginável e tornar o turismo em seu âmago um relutante prazer. Não me pergunte como, não é como se tivesse todas as respostas, apenas mais perguntas e palpites. Minha cabeça tarda a funcionar com o coração. É uma pena, caro amigo, não estar perto o suficiente para elaborarmos uma tese eficiente sobre “o ser e seu destino.” Lembro com saudosas lembranças de sua hospitalidade e bom humor, tão costumeiro como esperado. Pergunto-me se não é mais um traço regional interiorano, pois sua cidade me provoca um mar de bons pensamentos. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ofereço de minha amizade apenas um vil amplexo, posto que, em nossa cultura, ele lhe há de confortar.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com carinho,</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Rita Marcelino</span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-68535953658695160292011-02-11T18:27:00.001-03:002011-02-11T18:28:38.075-03:00Inebria-me<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Sinto-me cheia de inspiração calada, afogada em devaneios líricos e cores primaveris. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">O sol ameaça se pôr, e o vento caminha por entre meu corpo; um campo extenso, verde, vivo...</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">É bom sentir-se querida, livre, completa. A luz não é suficiente para machucar, então</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">encaro o olho do sol, como se nada pudesse me parar, me cegar, me abater. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">A brisa leve que me acarinha traz consigo uma melodia doce, suave... </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Flores ao pôr-do-sol.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Respiro fundo as notas que condescendem o brio da noite,</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">e embalo-me em canções de ninar. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">- O momento perfeito -.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">- Rita Marcelino</span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-73482093841084172222011-02-09T01:47:00.002-03:002011-02-09T01:49:52.374-03:00(re)começo.<div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Senti-me impelida a escrever algo sobre o início do ano, mas tudo que penso parece clichê ou algo non-sense. Posso dizer que os términos são superestimados e os começos são imaginados românticos demais. Nada muito diferente do que eu já sabia, é verdade, mas saber e sentir se tornam diferentes em casos assim.</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Torno-me fria depois de períodos de dor. Não há sentimento nem faço questão. Aparece uma Rita mais madura, mais consciente de si, porém menos compassiva, menos redutível. Vidros remendados não são os mesmos. </span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Há sempre muita dor nas minhas intempestivas subidas pelas escadas. Mas não há rancor. Poderia dizer que carrego malas de complacência e agradecimento. Quase uma felicidade pelo comiseramento interior. Certas coisas devem arder. O que sobra depois é algo tão bom, tão real que relutamos em achar que é nosso. E me encontro assim: em pleno estado de absorção da minha realidade. Está tudo muito bem. E isso espanta. Quando me faltam terremotos, as linhas morrem. Isso explica um pouco porque desapareço dos cadernos em algumas ocasiões. Ter, enfim, o controle é algo que suga sua potencialidade psíquica, se não tens certeza do caminho desejado. E quando inúmeras portas e janelas se abrem ao redor é como se o teletransporte existisse por segundos e fizessem de você uma Lucy in the Sky. </span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Acostumei-me a chorar por entre canetas, a gritar versos em prosa.</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Depois do temporal, como devo expressar a calmaria? A felicidade tranquila de poder sentir-se em paz?</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu calaria.</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">- Rita Marcelino</span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-29748589302468916352010-12-08T19:16:00.001-03:002010-12-08T21:49:58.643-03:00Tudo que quis<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Cansei de procurar a saída, cansei de procurar a solução, o alguém ou algo que me deixasse melhor. E foi no ato de não procurar que achei. É simples, deixe-me explicar.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu me neguei a acreditar, chorei mais do que deveria, senti mais do que deveria, ou menos, ainda não sei. Reconfortei-me nos ombros dos amigos mais do que deveria, porém menos do que se esperava. Telefonei mais do que deveria, mais do que esperava, mais do que queria. Procurei do lado de fora qualquer algo ou alguém que se mostrasse com a promessa de me fazer sorrir. Não me culpe, veja bem, apenas escolhi o mais cômodo, mais fácil. De certa forma, claro. Concentrei-me na faculdade mais do que esperava, menos do que deveria, agora eu sei. Fui para festas assim como previa, do jeito que deveria, quando eu queria. Ficava triste quando ninguém aparecia com a solução exata, na medida certa, da forma precisa para mim. Não falo fisicamente.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Não me olhe torto, escute só, o ser humano é assim, isso eu aprendi. Talvez em diferentes intensidades, mas sempre assim. Esperamos que os outros supram alguma necessidade nossa, alguma expectativa que geramos sobre eles. Não é algo particularmente ruim, entenda bem, é imanente ao homem. “Ele vai me ligar”, “Ela espera que eu ligue”, “Ela tem que concordar comigo”, “Ele espera que eu concorde”. E de certa forma, quando essas expectativas sobre os outros e sobre nós mesmos se contradizem com o real, é uma ótima aula. Talvez não tão legal ou divertida, mas não importa. O que é melhor arde. Sempre pensarei assim.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ok, eu sei que ainda não cheguei ao ponto central, mas estou indo lá. Todos os dias eu me permitia ficar triste, chorar, perguntar a mim mesma o porquê das coisas serem tão complicadas e difíceis de lidar. Too much drama, eu sei, mas eu me sentia assim, dramática. Os mais próximos costumavam falar: “Se ergue, menina. Você é linda, inteligente, tem tanta gente que te ama por perto, pra quê se deixar levar?” Mas eu entendo agora. Se permitir ficar triste, às vezes, é bom. Não por tempo demais. Porque os dias foram passando e terminei por não sentir mais vontade de chorar. Eu comecei a me espalhar pela noite e consegui ver que sempre senti saudade de mim. Aquela menina que não se escondia das expectativas, que não procurava alcançá-las, porque, afinal, eu não queria impressionar ninguém. E fiz o contrário. Bom, vamos colocar desse jeito: Ou alguém te ama de verdade e te aceita, ou não te ama e te encarcera na tentativa de mudança do seu Eu. E por perceber que não precisava agradar ninguém, exceto a mim, me libertei. E então foi aí que eu vi e senti ter tudo que eu possa querer, bem forte, bem sadio, bem próximo, aqui perto, aqui dentro. E sabe o que eu fiz? Gritei, é, gritei.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">- O infinito sou eu! </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">E impressionei a mim mesma.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(O que é melhor, né?)</span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-4470393119301284662010-12-02T23:30:00.002-03:002010-12-03T22:12:16.448-03:00Tudo faz lembrar<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">É complicado quando você precisa escapar dos pensamentos. Não é algo muito fácil, devo dizer; logo quando tudo faz lembrar...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A gente tenta transformar em coisas menos tristes, nos consolamos e tentamos acreditar que um dia perceberemos que foi melhor, que se for amor vai voltar, que se era paixão iria mesmo acabar, e que o final feliz ainda está por vir.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Talvez o erro seja ser romântica demais, tola demais; esperar beijos de novela, amores eternos, príncipes encantados e cavalos brancos, sem esquecer, claro, do castelo. O baque da vida real é grande demais para se colocar nos contos de fadas. Principalmente porque o príncipe não é um ogro, não é um sapo, não é burro ou baixinho. Apenas veio antes de estarmos preparadas e o contrário também vale. Ou ainda, sim, ele é perfeito, mas não descobriu te amar ainda e o futuro fica todo nebuloso. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O coração sangra, a gente chora baixinho, chama os amigos, dá algumas risadas, mas quando vamos dormir, tudo ecoa na mente, porque pensamento é mesmo assim... e tudo faz lembrar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">- Rita Marcelino</span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-23061570055365657482010-11-28T15:29:00.000-03:002010-11-28T15:29:56.354-03:00Sim<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">E não é que ame de menos, chore de menos, grite de menos. É só a propensão de o infinito me acalmar. Nada mais. Quando se passa por momentos sofridos, não importa o tempo, alguma hora, tão boba como qualquer outra, a gente se sente leve, liberta, quem sabe até <st1:personname productid="em paz. E" w:st="on">em paz. E</st1:personname> não é por falta de carinho, de saudade, de afeto. Estes ainda transbordam cá dentro, mas começam a fazer efeito os minutos silenciosos olhando para nós mesmos, as pequenas decisões que não tínhamos coragem de tomar, e os sorrisos que nos esquecíamos de distribuir. E não é mentira dizer que a angústia uma hora vai bater, vai sufocar e por um segundo as lágrimas tenderão a descer, mas a diferença vai nascer nas memórias que não são tristes, não estão em preto e branco e não foram inventadas.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O bom da vida é que está sempre (re)começando. E sempre temos a chance de escolher ser feliz; com todos os gritos, as lágrimas, as frustrações, as decepções, porque são elas que nos fazem reconhecer o que é bom, o que nos torna felizes, o que nos faz bem. - Oxalá fosse tão simples! – Alguém me diz. E não é. Assim como tomar decisões sobre uma vida inteira. Mas quando estivermos preparados, no ponto alto de uma quinta-feira às quatro da tarde, diremos: - Sim. – <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">E, com essa resposta, mesmo parecendo tão difícil, torna nossa vida muito mais fácil. Porque o começo pode ser duro, você pode se sentir embaixo, mas é aí que percebemos que não há outro lugar pra ir, senão acima.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">“<span class="apple-style-span"><span style="color: black;">Sei perfeitamente que o destino me reserva bem duras provas. Mas, coragem! Com bom humor tudo se suporta... Com bom humor!</span>”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">- Rita Marcelino</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Segoe UI';"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-3745860212463633082010-11-24T15:23:00.003-03:002010-11-27T12:16:45.219-03:00<div class="tab_original sideBySide lyricArea "><strong class="editable_area" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">It's only this.</strong><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 11px;"><b><br />
</b></span></span><br />
<strong class="editable_area" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">Blackbird </strong><a href="http://www.vagalume.com.br/the-beatles/" id="info_url_artist" style="color: #006477; cursor: pointer; display: inline; font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px; font-style: italic; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 5px; padding-right: 5px; padding-top: 0px;">The Beatles</a><br />
<span class="editable_area"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">Blackbird singing in the dead of night</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">Take these broken wings and learn to fly</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">All your life</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">You were only waiting for this moment to arise.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">Blackbird singing in the dead of night</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">Take these sunken eyes and learn to see</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">All your life</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">You were only waiting for this moment to be free.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">Blackbird fly Blackbird fly</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">Into the light of the dark black night.</span><br />
</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="editable_area"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;"><br />
</span></span></div><span class="editable_area"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">Blackbird fly Blackbird fly</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">Into the light of the dark black night.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">Blackbird singing in the dead of night</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">Take these broken wings and learn to fly</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">All your life</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">You were only waiting for this moment to arise</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">You were only waiting for this moment to arise</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">You were only waiting for this moment to arise.</span></span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-77653316633531983482010-11-24T14:46:00.000-03:002010-11-24T14:46:07.959-03:00Virando as voltas que essa vida dá...<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"> Acho engraçado quem acredita em par perfeito. Aquele relacionamento sem igual, onde não existem brigas, nenhuma divergência e que os dois se completam por inteiro. Sempre achei falta de coragem e pouco orgulho sair gritando aos quatros ventos que alguém é sua outra metade, porque sempre soube que sou inteira, completa e não preciso de ninguém pra me fazer feliz. O ser humano é cheio de fraquezas, momentos tristes e carências, mas meu sorriso nunca dependeu do nome de ninguém. E todas as vezes que pensei o contrário, veio o vento e me chacoalhou.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"> E é puro desabafo mesmo. Porque já chorei demais, já me culpei demais e já culpei os outros também. Mas, de novo, vem o vento e sussurra algo do tipo: Liberte-se. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"> E foi o que fiz. Libertei-me. Libertei-me de antigos pensamentos, de antigas pessoas que só me algemavam ao passado, e de pensamentos desnecessários. Como alguém um dia disse: “<i>Eu engoli o soco na cara que você me deu. Obrigada”.</i> <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">"Agora...Agora...Virando as voltas que essa vida dá </span></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora...Agora...Surfando Karmas e DNA </span></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">O passado já foi, o futuro virá...</span></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Surfando Karmas e DNA </span></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Virando e-Stória...e-Stórias "</span></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">- Rita Marcelino</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';"><o:p></o:p></span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-48302954311769493722010-11-15T21:13:00.000-03:002010-11-15T21:13:29.383-03:00Sobre não ser sentimental<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">As linhas me correm mais fácil quando grito. Quando me corroem por dentro as cores vibrantes da minha aura. Quando me perco e recuso achar a saída, quando gosto de lágrimas, extremos, parasitas.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje, não. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">De alguma forma, o clima chuvoso, as cores opacas, os sabores amargos caem bem. O que escrevia sempre estava mais ligado a outrem do que a mim. Como quando ele me fez sentir-me fraca ou quando me saltou súbita e inebriantemente saudades dela.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje, não.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">O vulcão interior transborda e vai arrastando tudo que está perto. Do céu ao inferno, tudo se torna mais caótico, imperioso, quase pomposo. Não tanto furioso; <i>moderado cantante</i>, talvez.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">- Rita Marcelino</span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-8833432874609612612010-10-30T20:30:00.002-03:002010-10-30T20:35:26.949-03:00A mãe e a filha<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-v0Dmmb3CSIcgQ2gr7aDDrbPt3F0ScIOdXrpmMtvyc2g2Ddc8voFF2qM4JkDIIYSWRavW6-ZqE0LWYE3IO62wyu3xqQDpk0e_Bi7Y_UikkmjuuY6aMF5leEoXKhMF6Kn-4n-lw0H9ebvt/s1600/mae-e-filha1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-v0Dmmb3CSIcgQ2gr7aDDrbPt3F0ScIOdXrpmMtvyc2g2Ddc8voFF2qM4JkDIIYSWRavW6-ZqE0LWYE3IO62wyu3xqQDpk0e_Bi7Y_UikkmjuuY6aMF5leEoXKhMF6Kn-4n-lw0H9ebvt/s1600/mae-e-filha1.jpg" /></a></div><span style="font-size: 26pt;">E</span>u e minha mãe fomos hoje pela manhã comprar as novas lentes dos meus óculos. Passamos na ótica, fomos no supermercado perto e almoçamos por lá. Conversamos algumas besteiras, inventei de alfinetar seu jeito consumista de ser, e rimos juntas de algumas futilidades. Parece simples, normal, mas não é sempre que me toco em como cada momento desse é único. Enquanto meu estômago se contorce um pouco do medo de dirigir, quando entro no carro e dou a partida, o conforto parte da sensação de tê-la comigo. Não é mero clichê sentimental de mãe e filha, nunca fui muito ligada nisso; sempre me encontrei mais voltada às loucuras das minhas paixões coléricas. Mas hoje houve algo, alguma conjunção entre Urano e Júpiter que me fez sair do momento “não quero sair de casa tão cedo” para o “quero passar o dia todo andando pelas ruas com ela”. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Alguns finais de semana me pegam em cheio com toda a carência maternal que eu possa ter. Assistir tevê ao seu lado é melhor, fazer receitas mirabolantes com a sua supervisão é mais divertido, deitar ao seu lado na cama enquanto lê uma revista é mais aconchegante. E pensar que tem dias que seu jeito me irrita tanto! Hoje só quero um cafuné, que você me acompanhe até a costureira e diga que não gostei da roupa, que eu sou assim, que eu sou difícil de lidar, que eu sou chata com roupas e que só você mesmo para me aguentar. Quero só que você, ao sair da costureira, fale que a roupa estava mesmo feia, que vai comprar doces e besteiras para eu não ficar tão chateada com isso, que eu vou esquecer e que podia ser pior. Certos dias têm cara de vida inteira.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Às vezes, me passa pelos sentidos o quanto nós brigamos, o quanto nós implicamos uma com a outra, mas em quanto e como nós, no final, somos parecidas. Desentendemos-nos bastante, mas nos entendemos em outros tantos assuntos; pouco importa se é maquiagem, política ou vício por algum daqueles docinhos de chocolate com recheio de cereja. Alguns reflexos são mais verdadeiros.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Costumam falar de “saudade do que nunca tive” numa alusão Marcusiniana das falsas necessidades que nos fazem ter. Aqui falo de saudades do que muito tive, porque, aí sim, tenho motivos de sobra pra me lambuzar em nostalgia pré meia idade. Mergulhar naquela época em que seu mundo volta-se à mamãe, aquele tempo <st1:personname productid="em que Mãe" w:st="on">em que Mãe</st1:personname> é sinônimo de companhia constante. Aplausos para os que ainda sustentam tal feito, porém, para os como eu, inspire com calma estes breves momentos. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Aproveitar com a alma os instantes perto de nossa mãe é mais do que apenas estar ao seu lado. É entregar-se ao gosto de brincar, de rir, até mesmo de implicar, mas com o maior amor do mundo. Porque a gente sabe: são esses os momentos que ficam para sempre.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Rita Marcelino</div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-60916036307613844742010-10-30T00:26:00.002-03:002010-10-30T00:27:15.670-03:00Ser como o rio que deflui<div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Ser como o rio que deflui</span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Silencioso na meio da noite.</span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Não temer as trevas da noite.</span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Se há estrelas no céu, refleti-las.</span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">E se os céus se pejam de nuvens,</span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Como o rio as nuvens são água,</span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Refleti-las também sem mágoa</span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Nas profundidades tranquilas.</span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: right;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Manuel Bandeira</span></i></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-21957344587482930272010-10-29T23:54:00.001-03:002010-10-29T23:56:42.444-03:00Da importância da escolha<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Só há um tipo de pessoa que eu não consigo aguentar: os arrogantes. Talvez seja por isso que, em meu caminho, surgiram tantos assim. Teste de paciência, de tolerância. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Não cabe na minha cabeça ter gente que se acha a última bolacha do pacote. Não consigo tratar bem, não consigo conviver. Minha criação sempre foi muito direcionada ao trabalho correto, respeito ao próximo e humildade. E não digo que sigo perfeitamente tal linha, mas tem algo do olhar dos arrogantes que me remetem a uma coisa: medo. Medo de ser mais fraco, de ter menos influência, de precisar de ajuda, ou de, na verdade, se achar pior do que outrem.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">A soberba não me encanta <st1:personname productid="em nada. Repudio" w:st="on">em nada. Repudio</st1:personname> com paz de espírito, porque no fundo de mim, eu sei que ninguém é melhor que ninguém e que cada um tem um universo de coisas inexploradas dentro de si. Ao dizer tais coisas, alguém me questiona: ao não agüentar os arrogantes, você se acha melhor que eles. Não. Como óleo não se mistura com água, ou como Câncer não vive feliz com Leão, eu não jogo dominó com quem faz uso disso. Talvez seja um escudo. Que me mantém longe.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Talvez a característica mais encantadora de uma pessoa seja a aptidão para mudanças. Poder enxergar no que se desencontrou e subir a trilha dos tijolos amarelos, como se diz por aí. Que será, que será. As pessoas podem ser muito encantadoras, se afinal, quiserem. Já quebrei a cara com muita gente, já encontrei pessoas queridas também. E a vida é bem isso, encontros e despedidas, como diz aquela outra moça do cabelo encaracolado. No final eu só queria dizer que, eu acredito sinceramente no potencial alheio e na bondade dos homens, e não é propaganda eleitoral. Cometo enganos, me torno meio ingênua e já abusaram disso <st1:personname productid="em mim. Mas" w:st="on">em mim. Mas</st1:personname> continuo acreditando, porque eu sei que assim estou cada vez mais longe da minha inimiga arrogância e, para mim, um passo mais distante é um oceano inteiro.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">“Diante de mim havia duas estradas<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Eu escolhi a estrada menos percorrida<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">E isso fez toda a diferença.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">- Rita Marcelino</span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-23427220429159966612010-10-07T00:41:00.002-03:002010-10-07T00:47:48.533-03:00Solilóquio<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">É inevitável que músicas fomentem ilusão. Um escorregão no presente e o esbarrão quase sempre tão forte nas linhas passadas. Sobe um cheiro, uma sensação. Era exatamente assim...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Como se não existisse passado nem pretensão de futuro, a música era o compasso, quase imperceptível, não obstante inebriante, da noite. Olhos que não se viam, corpos que não se tocavam, mas houve algo; uma centelha de paixão, quem sabe sorte. Não é como se existisse explicação ou um momento certo, entre uma hora e outra, mais um segundo e pronto. Algum chacoalhar das mãos, uma piada ou mais um copo. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Foi ali, quando teve que ser, quando a música entupiu os poros, quando vi você de longe, e quando percebi que já havia te beijado. Exatamente assim. Quando percebi seu espanto com meu beijo, quando quis fazê-lo de novo, mas me repreendi. Exatamente ali. Com a TV ligada, com a rede balançando, e nenhuma razão explícita para nenhuma das minhas ações.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">É inevitável que eu reaja ao que sinto. Quiçá Deus me perdoe pela minha fraqueza, mas eu sinto tanto...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">"If I was young, I'd flee this town </span><br />
<span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">I'd bury my dreams underground</span><br />
<span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">As did I, we drink to die, we drink tonight... "</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">- Rita Marcelino<o:p></o:p></span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-49065773859197190082010-08-28T20:34:00.002-03:002010-08-28T20:38:18.623-03:00Ações<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial;">Há sempre alguém que te puxa pro lado contrário. De qualquer lado, de qualquer modo, sempre. Continue a conversa, dê mais um sorriso, mas não o leve em consideração.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;">É incrível a quantidade de chances e oportunidades que perdemos pelo medo que jogam sobre nós, pelo olhar malicioso e torto que lançam sobre nossas cabeças. Hoje eu resolvi falar isso. Botar pra fora: danem-se. E com o perdão da palavra, vou começar a tocar o foda-se. Se é que me entendem... Há sempre aquela(s) pessoa(s) que você realmente ouve, que absorve o que ela(s) tem a dizer, mesmo. Eu acho que, muitas vezes, não deveria. Ou melhor, até deveria, mas, falo sério, não tomar como certo e melhor. Eu sei, eu sei, é uma pessoa experiente ou mais velha ou que parece saber o que está falando, lhe jogando verdades incontestáveis. Não. Não “venda sua alma”. Se é que posso falar assim. I believe so.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;">Não se deixe jogar num quarto vazio, pintado com as melhores cores de outrem. Não seja embalado pra dormir em uma canção que não lhe diz nada. Não deixe uma vontade passar. Porque, meu amigo, quando, no fim, você perceber que o tempo passou e essas horas não voltam, aí está você, sentado na frente do computador, lamentando as curvas e atalhos que não tomou, ou o contrário. Eu acredito que há coisas que aprendemos no mistério. No mistério de escolher o invisível. E não é só porque sou jovem que posso correr o risco de cair de uma nuvem; talvez eu tenha 50 anos, ou 60, 70, o que me diz você se eu resolver pular do telhado e cair de ponta cabeça no céu? Bom, não importa, eu pretendo não ter medo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;">Eu espero que você me deixe te explicar que, é muito melhor uma pessoa no mistério da mudança...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;">O que eu disser, o que eu fizer, nós não seremos os mesmos. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">Eu estou respirando, enfim, vou sair pela manhã fria e silenciosa, pulando muros, e o que você me diria se eu encontrasse (sozinha) o que eu sempre procurei?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt;">- Rita Marcelino</span>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-91568776680396480642010-07-22T00:38:00.000-03:002010-07-22T00:38:42.079-03:00À meia-noite<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Microsoft Sans Serif";">- Paixão não rima com amor, talvez pelo fato de não serem a mesma coisa. Não se esqueça disso, Sophie, jamais. – <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Microsoft Sans Serif";">Uma voz doce demais para ser tão dura. Como poderia explicar? Marcus tinha a doçura de um anjo, mas a frieza daqueles que já viveram demais. Seus cabelos cacheados, sempre tão bem cuidados, lembrando um jeito vitoriano de se arrumar. Um porte ereto, formal, quase indecente para época em que estávamos. E os olhos, aaah, os olhos. Que olhos eram aqueles! Tão profundos e calmos, me contavam a história da sua vida. Ou melhor, mostravam-me o bastante para não me entregar demais. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Microsoft Sans Serif";">- A paixão, minha ninfa, é fugaz... Tão perigosa quanto uma faca pode ser. Tudo se torna uma questão de escolha. Qual lado da faca você quer? – sorri para mim; um sorriso de escárnio, mas inda assim, tão belo. – Acho que você não entendeu onde quero chegar, mas como deveria? És por demais humana, uma falha boba, porém letal. – <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Microsoft Sans Serif";">“Beija-me! Beija-me!” É tudo que consigo pensar. O tempo parece entender e por segundos acreditei estar ouvindo uma melodia ao fundo, colaborando com todos os meus desejos de voar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Microsoft Sans Serif";">- Ah, mas é tudo tão engraçado. Estou eu aqui, sentado, em plena madrugada, lhe dando uma escolha que você não consegue ver. A paixão é capaz de levar a loucuras, minha bela, é onde queres ir? – Seus olhos mexiam com meus sentidos, com minha alma. Tentei falar, gritar, mas a melodia inebriava meus poros, entupindo-os, alargando-os. Meu coração dava-me choques elétricos. “NÃO! DIGA NÃO!”.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Microsoft Sans Serif";">- Se lhe proponho a vida e a juventude eterna, dirás sim, eu creio. Se lhe digo que terás poder sobre qualquer outro, dirás, outra vez, sim. Mas o que dirás, minha linda flor, se lhe proponho o inferno sobre a terra, mascarado por paixões coléricas, e um prazer irremediável pela dor? – Outra vez aquele sorriso. Outra vez sinto-me tonta com o mundo girando <st1:personname productid="em volta. O" w:st="on">em volta. O</st1:personname> cheiro de incenso pairava no ar, e antes de perder os sentidos, ouvi-me dizer: <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Microsoft Sans Serif";">- Eu lhe diria sim. Sim. –</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Microsoft Sans Serif";"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Microsoft Sans Serif";">(...)</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Microsoft Sans Serif";"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Microsoft Sans Serif";">- Rita Marcelino <o:p></o:p></span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-28554295502101602242010-07-19T00:46:00.001-03:002010-07-19T18:17:47.047-03:00Roubar-me é preciso<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">O tempo passa, mas há sempre algo que nunca vai embora<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Aquele olhar carregado de “alguma coisa” que você nunca conseguiu descobrir<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Aquele sorriso tímido que lhe remexia e fazia sentir-se um pouco mais feliz<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Esses gestos inda ficam, inda vêm.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Dentre um passado turbulento, memórias nunca vão embora<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Aquele passar do vento por entre seus cabelos sempre presos, da cor do sol<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Aquele breve momento de corpos juntos, num esbarrão, in-fi-ni-to<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Na memória, inda vivem, inda vêm.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Segura minha mão que seguro a sua, leve, disfarçadamente, como costumava ser<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Sustenta esse meu olhar como quem segue, conversa, sorrateiramente, com você<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Embala, enlaça, embaraça, e, por fim, me leva, sequestra, transporta</span><br />
<span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';"> Para perto de você.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">Mais uma vez.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Microsoft Sans Serif';">- Rita Marcelino</span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2005236630498284017.post-64064095058009078152010-07-12T14:40:00.001-03:002010-07-12T14:41:02.535-03:00Ainda vivo<div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Volta doce como aquele chocolate que faz lembrar...</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mistura-se ao ar o cheiro forte do café que faz lembrar...</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Toca suave e entontece como o perfume que só me lembra...</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Você, </span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">você,</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">você...</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Rita Marcelino</span></div>Rita Marcelinohttp://www.blogger.com/profile/00495359596715721885noreply@blogger.com0