quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Uma espécie de retrospeto, ou algo assim...




Hoje voei para 5 anos atrás e... nossa! Quanta coisa era preta e branca e eu julgava terrivelmente colorida! Quantas besteiras fizeram meu mundo cair e hoje parecem só historinhas de gibi!
Com a ajuda de um site antigo meu, pude lembrar com certos e 'preciosos' detalhes, estúpidos até, das coisas que recheavam meu juízo na época. Sim, falar época para o determinado momento pareceu-me bastante apropriado, pois quando faço a mínima comparação, o espaço de tempo que sinto são de DÉCADAS. Nunca pensei que 5 anos fossem pouca coisa, mas raciocinando as milhões de experiências, 5 anos são crateras gigantescas de distância pra pessoa que hoje eu sou. Que bizarro!
O choque fica terrivelmente mais forte quando ponho em uma única linha de tempo as coisas de 2005/2010. Choque temporal que me faz (re)pensar muita coisa. Quantas coisas hoje abalam minha cabeça e amanhã precisarei dos mesmos sites para lembrar? e rir?
O tempo é realmente uma coisa muito inteligente, devo dizer, rs.
Os amores que me partiram o coração, e os que depois o construíram de volta. As (des)esperanças de futuro e carreira que me faziam andar em círculos. As ideias e fascínios que tentavam me afastar da dor. E a sombra dos escombros em que me reergui.

Não tem quem ou qual situação que me faça pensar que mudei pouco, amadureci pouco. Juro! Nunca passou pela minha cabeça preocupada que um dia sentiria tamanho abismo da diferença dos anos. A essência não muda, claro, mas não me reconheço nem de longe como aquela pessoa que lembrei que já fui, com as atitudes que (re)lembrei que tomei ou como as coisas me afetavam mais.
É uma constastação que o que lhe ensina mais são as coisas por quais você passa.
Ao recordar-me de tantas vezes que pensei que certa pessoa ou situação seria a última, ou a única... ou a pior, só me fez perceber quão palpável é a diferença das Ritas que já fui. E apesar de ainda ter muitas coisas para o tempo levar de mim, sinto-me orgulhosa por já ter caído tanto e me levantado melhor ainda, com mais força nos joelhos e ombros mais resistentes.

Não sei o porquê de ter decidido abraçar a nostalgia hoje, mas, sem dúvida nenhuma, me fez muito bem.

- Rita Marcelino

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