Não gosto que esperem muito de mim. Sempre trapaceio. Não com alguém, comigo. Não gosto de dizer que tenho padrões de comportamento, queria ser imprevisível, mas não. Padrão de comportamento é o conjunto de expectativas que pairam ao redor, de você, claro. Pressionam, sufocam... Deixam-te sem ar.
Na maioria das vezes, você não percebe quão coercitivos são os outros a te olhar. Sempre esperam demais, querem demais...
Jogaram sobre tua cabeça o livre-arbítrio, só para não dizer que não tens escolha. Mas qual meio alternativo podes seguir sem uma sólida sanção negativa pairar no teu ombro?
A liberdade é utópica, my dear. Sempre deves algo para alguém. Há luzes guiando seu caminho. A salva-guarda é sempre ter um ponto de apoio, mas sem chance de desvios corretos. Os olhos de outrem queimam em sua nuca, quase o fazem ajoelhar-se. Porém, metaforicamente falando, você já está de joelhos. Para 190 milhões de reis e rainhas.
Prefiro crer numa rebeldia. Quimérica também. É um vil elogio, meu amigo, dizer “o inferno são os outros”.
“Não me façam nenhum favor, não esperem nada de mim, não me fale seja o que for, sinto muito que seja assim. Como se fizesse diferença o que você acha ruim. Como se eu tivesse prometido alguma coisa pra você... Eu nunca disse que faria o que é direito, não se conserta o que já nasce com defeito. Não tem jeito, não há nada a ser fazer.”
Além do mais, anomia é moda. Certo?
- Rita Marcelino
p.s: esse post é uma breve sacanagem.
p.s: esse post é uma breve sacanagem.
2 comentários:
Rita, sou sua fã.
E não é demagogia,
adoro ler seus textos,
eles me remetem a passear
em um outro mundo não muito
distante...
Sucessos!!!
benditas aulas de sociologia, quem tem inspiração e escreve bem, escreve sobre qualquer coisa e consegue tornar um tema chato em algo agradável de se ler.
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