segunda-feira, 19 de julho de 2010

Roubar-me é preciso

O tempo passa, mas há sempre algo que nunca vai embora
Aquele olhar carregado de “alguma coisa” que você nunca conseguiu descobrir
Aquele sorriso tímido que lhe remexia e fazia sentir-se um pouco mais feliz
Esses gestos inda ficam, inda vêm.

Dentre um passado turbulento, memórias nunca vão embora
Aquele passar do vento por entre seus cabelos sempre presos, da cor do sol
Aquele breve momento de corpos juntos, num esbarrão, in-fi-ni-to
Na memória, inda vivem, inda vêm.

Segura minha mão que seguro a sua, leve, disfarçadamente, como costumava ser
Sustenta esse meu olhar como quem segue, conversa, sorrateiramente, com você
Embala, enlaça, embaraça, e, por fim, me leva, sequestra, transporta
                                                                                            Para perto de você.

Mais uma vez.


- Rita Marcelino

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito lindo o post, vou seguir seu blog! :D

Joelma Leite disse...

quanta sensibilidade se esconde por tras de uma casca bruta. :D

Anônimo disse...

maravilha... =D

ao ler, a gente tem flashes do passado, flashes que nos convencemos, mentindo pra nós mesmos, que queríamos esquecer, mas que na verdade sempre soubemos que nunca teríamos força para apagar aquela memória, aquele "se"

e em dado breve momento de nostalgia, a gente só deseja mesmo que o texto fosse mais longo, porque mais profundo, impossível...
Parabéns de novo xD