sábado, 8 de maio de 2010

Carta a um amigo.


Não somos presos a ninguém. No entanto, procuramos e corremos desesperadamente em busca dessas correntes. Buscamos algo ou alguém que satisfaça nosso desejo de par.
Alguém que fale a língua dos anjos e tenha o melhor e mais lindo sorriso do mundo. Aquele alguém capaz de te fazer chorar. Muitas, incontáveis vezes. Porém, que te faça rir ainda mais.
O amor não é algo fácil. Oxalá se fosse! Quebramo-nos, partimo-nos, em três, quatro, mil pedaços. E sempre esperamos juntá-los depois. Nem sempre se juntam, João. Lembras-te quando jurei ser sempre forte? Quando prometi a ti ser sempre dona de mim? Tenho medo de não poder cumprir tal promessa, meu amigo. Já não sinto o peso de minha própria existência. O Amor é malvado, João.
Nós nos entregamos. Corpo, alma, nada mais é nosso. Afogamo-nos num poço de incertezas e fragilidades e damos graças a Deus por poder fazê-lo. Temos a impressão que ouvimos um blues... de consolação.
O amor é feio, João, mas é tão bom...
"Não há ser humano algum sem covardias, só devemos enfrentá-las."
Quanta falta fazes tu aqui nos trópicos, caro amigo.

Saudosas lembranças,
Rita Marcelino.

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